domingo, 19 de dezembro de 2010

Tele-Strat do Rori - 4

Pensando...

Tele-Strat do Rori - 3


O Escudo

Pensei em várias soluções para o escudo. Desde usar o formato Strato até deixá-la sem. Ambas as alternativas foram abandonadas devido aos furos da instalação e as marcas deixadas pelo escudo anterior. Não vou mexer no acabamento desta guitarra. Decidi então fazer um escudo utilizado uma placa de acrílico fumê que eu tinha aqui. Trabalho delicado mas, guardem esta frase, eu nunca perdi um escudo dentre os fabricados para clientes. Ficaria bem interessante, visível e ao mesmo tempo transparente. Bom, iniciei o corte do contorno.


Mas a minha mania de fazer as coisas durante a madrugada me pregou uma peça daquelas. Provavelmente devido ao cansaço, com TV ligada e meio desligado, acabei colocando força demais e deixando trincar a parte inferior do escudo. Uma pena quando isso ocorre com o escudo já tomando forma. Projeto abandonado.


Essas coisas acontecem. Bola para a frente. Meio revoltado entrei na net e comprei um escudo pronto. Vai ser um tradicional de Tele, padrão Tortoise da Gotoh. Diferente do que eu vinha pensando, mas...


Ficaria assim...

Tele-Strat do Rori - 2


Aproveitando o início das minhas férias resolvi dedicar algum tempo ao projeto da Tele-Strat. Como eu disse anteriormente, o corpo foi fabricado por um luthier, e constatei que várias adaptações foram feitas. Provavelmente, por conta disso, o meu projeto vai acabar ficando mais Tele do que Strato. A mais intrigante delas é na ponte. Trata-se de uma ponte vintage com as cordas presas na própria. Mas o antigo dono solicitou a adaptação para que as cordas passassem pelo corpo (eu também prefiro assim). O gênio ao invés de trocar a ponte (o mais simples) adaptou a ponte antiga. Com isso fez a furação fora do padrão impossibilitando a substituição dessa ponte sem um trabalho mais invasivo no instrumento. Sim já encontrei uma alternativa para este problema, mas a troca desta ponte não é prioridade, portanto ficará assim por um tempo. Não sei se troco a ponte e coloco um humbucker tradicional ou se compro um mini-humbucker para Tele e deixo a ponte quieta. Já cotei a fabricação manual de um captador destes (são bons e mais baratos). Estou estudando tambem a instalação de um captador no meio, mas isso já seria muito mais para fins estéticos do que funcionais. Vejam a guita com o braço de strato instalado.


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Tele-Strat do Rori


 Há tempos planejo montar uma guitarra híbrida de Telecaster com Strato. Lembro de uma guitarra usada pelo Frejat que eu gostava muito. Recentemente através de uma troca adquiri uma Tele muito interessante. Braço e componentes genéricos mas o corpo muito bem aparelhado, em três peças, envernizado e com bindin. Um pouco maior que o padrão e mais pesado. Não identifiquei a madeira ainda, embora pareça Ash. Tenho um braço de strato antigo, que já usei em várias situações e que encaixou perfeitamente. É em maple com escala em rosewood, trastes médios, troquei a marcação por abalone e fiz um leve escalope à partir da 9ª casa. Adaptei um roller-nut genérico pois havia instalado um lock nut anteriormente. Desgastei um pouco a cavidade do neck até aceitar um single convencional. Inicialmente vou instalar um Hot Way Plus da Spirit nesta posição. Um mini-humbucker equilibrado de saída média, na posição a qual eu mais toco. Decidi, por hora, não alterar a estrutura do instrumento. Vou fazer um escudo. Inicialmente um acrílico, transparente, pra aproveitar a beleza da madeira. Pensei em trocar a ponte para uma com humbucker, mas vou passar uma temporada com o captador original. Estou analisando várias mods, mas vou começar pelo menos invasivo, um circuito ativo e ver no que dá. Vou atualizando.

Vendo Strato Filé, rsrsrs...




vendida

Guitarra T 736-S com corpo em Alder, pintura Sunburst sem nenhum arranhão e rebaixamento traseiro.

- Braço de luthier (padrão Fender com 21 trastes) em maple;
- Escala em Rosewood. Marcação em abalone, trastes médios, tensor ok;
- Leve escalope à partir da 9ª casa;
- Roller-nut, tarraxas e ponte vintage Condor;
- Escudo Perolado Guitar Parts;
- Potenciômetros Alpha (vol) e CTS (tone) de 250k;
- Elétrica blindada (sem ruídos);
- Captação SSS - single coil de alnico (braço e meio originais da 736 e ponte retirado de uma 737 Custom);
- Várias Mods instaladas: - Chave p/ escolha de capacitor do Tone (0.022/ none/ 0.047)
                                        - Kit Volume (para evitar a perda de agudos em volumes baixos)
                                        - Chave de defasagem para o captador do meio.

Excelente timbre e pegada. Ideal para Classic Rock/Pop/Blues. Excelente estado. Customizada para músico profissional com vários detalhes não encontrados em guitarras de série. Ótimo custo benefício

Post Provisório - RG 350 EX - 15/12 - Fernando

Reparo do parafuso de fixação do suporte da ponte.

Set-up completo (Floyd Rose):

- Limpeza geral;
- Polimento dos trastes;
- Hidratação da escala;
- Regulagem do tensor;
- Desmontagem e lubrificação de todo o hardware;
- Limpeza dos componentes elétricos;
- Regulagem de oitavas;
- Regulagem da altura dos captadores;
- Regulagem da ponte e verificação das molas;
- Troca das cordas.


Minha Strato

Ficará assim por um tempo, mas estou louco para mandar um verniz nela...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Então, a vaca subiu no telhado! O gato? Não! A vaca mesmo...

A gente lê e não acredita no que leu...

Bombeiros retiram vaca presa no telhado de uma casa em Minas

 

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Wikileaks - browse the database


http://www.guardian.co.uk/world/interactive/2010/nov/28/us-embassy-cables-wikileaks

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Então tá...

Bacon Beer

Tá faltando vaga???

Post Provisório - 29/11 - Pompeu


ENTREGUE
Jackson Concept Soloist


Instrumento mal conservado, com muita sujeira, oxidações e avalias devido a tombos/batidas mas aparentemente sem maiores danos estruturais.

Parte elétrica apresenta muitos ruídos provavelmente causados por sujeira e corrosão devido a resina da solda e pelo tempo. Recomendo troca da chave seletora (muito desgastada), limpeza interna dos pots (aparentemente dá pra levar mais um tempo) e blindagem. O jack precisa de uma melhor verificação (tenho que desmontar), mas talvez não seja necessário trocá-lo.

Set-up completo (Floyd Rose):

- Limpeza geral;
- Polimento dos trastes;
- Hidratação da escala;
- Regulagem do tensor;
- Desmontagem e lubrificação de todo o hardware;
- Limpeza dos componentes elétricos;
- Regulagem de oitavas;
- Regulagem da altura dos captadores;
- Regulagem da ponte e verificação das molas;
- Troca das cordas.

Post Provisório - 22/11 - Lúcio


Fender Stratocaster México

Set-up completo.

O instrumento está em perfeito estado. Farei apenas a manutenção.

Customização: Posso fazer a transformação dos captadores de cerâmicos para alnico 5. Colocar um blend no volume para evitar a perda de agudos. Transformar o Tone do neck em Tone Master. Colocar uma chave on/on para a seleção dos capacitores do Tone (0.22 ou 0.47). Transformar o último Pot num misturador para neck/bridge (telecaster mode). Adaptar um Dummy Coil para o hum-canceling.

R$ 250,00 - Todos os componentes são russos e tenho que encomendá-los. Prazo: 10 a 15 dias.

Falta de atualização do Blog


O Blog está sem atualização desde o início de 2010. Tenho muito material aqui para postar e em breve terei novidades.

Grande Abraço!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Nova criatura descoberta - Êh mundão...

Oceanógrafos divulgam foto de ‘lula-verme’ do sudeste asiático

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Gol de Goleiro (daqueles...)

Aiaiai... Atendentes!

The Beatles - Helter Skelter (muito à frente do seu tempo!!!)

Paul McCartney - Sem palavras


http://www.rollingstone.com.br/secoes/novas/noticias/paul-impecavel-e-emocionante/

Veja o setlist completo da primeira apresentação de Paul McCartney em São Paulo:

- "Venus And Mars" / "Rock show"
- "Jet"
- "All my loving"
- "Letting go"
- "Drive my car"
- "Highway"
- "Let me roll it / Foxy lady"
- "The long and winding road"
- "1985"
- "Let 'em in"
- "My love"
- "I've just seen a face"
- "And I love her"
- "Blackbird
- "Here today"
- "Dance tonight"
- "Mrs. Vandebilt"
- "Eleanor Rigby"
- "Something"
- "Sing the changes"
- "Band on the run"
- "Ob-la-di, ob-la-da"
- "Back in the U.S.S.R."
- "I've got a feeling"
- "Paperback writer"
- "A day in the life" / "Give peace a chance"
- "Let it be"
- "Live and let die"
- "Hey Jude"

Bis 1:
- "Day tripper"
- "Lady Madonna"
- "Get back"

Bis 2:
- "Yesterday"
- "Helter skelter"
- "Sgt. Pepper's lonely hearts club band"

sábado, 13 de novembro de 2010

Os 100 melhores filmes do Século Passado

Achei essa lista interessante. É claro que sempre vou dizer que faltou esse ou aquele, aí entra o gosto pessoal, mas não dá pra deixar de reconhecer que todos os títulos são obras primas indispensáveis para quem dá um mínimo valor ao conhecimento e a cultura. 

Rori

001 Cidadão Kane (1941)
002 O Poderoso Chefão (1972)
003 Casablanca (1942)
004 Touro Indomável (1980)
005 Cantando na Chuva (1952)
006 E o Vento Levou (1939)
007 Lawrence da Arábia (1962)
008 A Lista de Schindler (1993)
009 Um Corpo Que Cai (1958)
010 O Mágico de Oz (1939)
011 Luzes da Cidade (1931)
012 Rastros de Ódio (1956)
013 Guerra nas Estrelas (1) (1977)
014 Psicose (1960)
015 2001: Uma Odisséia no Espaço (1968)
016 Crepúsculo dos Deuses (1950)
017 A Primeira Noite de um Homem (1967)
018 A General (1927)
019 Sindicato de Ladrões (1954)
020 A Felicidade Não Se Compra (1946)
021 Chinatown (1974)
022 Quanto Mais Quente Melhor (1959)
023 As Vinhas da Ira (1940)
024 E.T. - O ExtraTerrestre (1982)
025 O Sol é Para Todos (1962)
026 A Mulher Faz o Homem (1939)
027 Matar ou Morrer (1952)
028 A Malvada (1950)
029 Pacto de Sangue (1944)
030 Apocalypse Now (1979)
031 Falcão Maltês, O / Relíquia Macabra (1941)
032 O Poderoso Chefão 2 (1974)
033 Um Estranho no Ninho (1975)
034 Branca de Neve e os Sete Anões (1937)
035 Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977)
036 A Ponte do Rio Kwai (1957)
037 Os Melhores Anos de Nossas Vidas (1946)
038 O Tesouro de Sierra Madre (1948)
039 Dr. Fantástico (1964)
040 A Noviça Rebelde (1965)
041 King Kong (1933)
042 Bonnie and Clyde - Uma Rajada de Balas (1967)
043 Perdidos na Noite (1969)
044 Núpcias de Escândalo (1940)
045 Os Brutos Também Amam (1952)
046 Aconteceu Naquela Noite (1934)
047 Uma Rua Chamada Pecado (1951)
048 Janela Indiscreta (1954)
049 Intolerância (1916)
050 O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel (2001)
051 Amor Sublime Amor (1961)
052 Taxi Driver - Motorista de Taxi (1976)
053 O Franco Atirador (1978)
054 M*A*S*H (1970)
055 Intriga Internacional (1959)
056 Tubarão (1975)
057 Rocky I - Um Lutador (1976)
058 Em Busca do Ouro (1925)
059 Nashville (1975)
060 Diabo a Quatro (1933)
061 Contrastes Humanos (1941)
062 American Graffiti - Loucuras de Verão (1973)
063 Cabaret (1972)
064 Rede de Intrigas (1976)
065 Uma Aventura na África (1951)
066 Caçadores da Arca Perdida (1981)
067 Quem Tem Medo de Virginia Woolf? (1966)
068 Os Imperdoáveis (1992)
069 Tootsie (1982)
070 Laranja Mecânica (1971)
071 O Resgate do Soldado Ryan (1998)
072 Um Sonho de Liberdade (1994)
073 Butch Cassidy (1969)
074 O Silêncio dos Inocentes (1991)
075 No Calor da Noite (1975)
076 Forrest Gump - O Contador de Histórias (1994)
077 Todos os Homens do Presidente (1976)
078 Tempos Modernos (1936)
079 Meu Ódio Será tua Herança (1969)
080 Se Meu Apartamento Falasse (1960)
081 Spartacus (1960)
082 Aurora (1927)
083 Titanic (1997)
084 Sem Destino (1969)
085 Uma Noite Na Ópera (1935)
086 Platoon (1986)
087 Doze Homens e Uma Sentença (1957)
088 Levada da Breca (1938)
089 O Sexto Sentido (1999)
090 Ritmo Louco (1936)
091 A Escolha de Sofia (1982)
092 Os Bons Companheiros (1990)
093 Operação França (1971)
094 Pulp Fiction - Tempo de Violência (1994)
095 A Última Sessão de Cinema (1971)
096 Faça a Coisa Certa (1989)
097 Blade Runner - O Caçador de Androides (1982)
098 A Canção da Vitória (1942)
099 Toy Story (1995)
100 Ben-Hur (1959)

Dirty Little Secret - Overdrive lindo!!!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A Tarefa da Música na Socioculturalidade

Por: Ramon Domingos

Hoje farei um post diferente, não vamos tratar de assuntos específicos tais como termos técnicos ou teóricos.
Dissertarei hoje um pouco sobre a música no processo sociocultural e na tarefa de construir seres pensantes, críticos e analistas.
Sim.. Acredito que a música tem um papel fundamental na formação ideológica de um indivíduo.
O que você anda ouvindo ultimamente? Porque você está ouvindo isso? O que isso está acrescentando na sua vida?
Bom, no meu caso eu sigo ouvindo um pouco de tudo, Rock, Fusion, Jazz, algo que me rentabilize um pouco nas questões sociais e profissionais.
Mas e você? O que anda ouvindo?
O Brasil tem uma cultura muito rica, mas isso aos poucos vai se dissipando e dando lugar a cultura de massa, algo que realmente é muito deprimente, não vemos mais nomes como Ary Barroso, Elis Regina, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, circularem por aí quando o assunto é Música Popular Brasileira, nossas queridas Bossa Nova e MPB até mesmo nosso samba estão perdendo espaço para a cultura midiática e descartável do momento, tais como, Sertanejo, Funk, Axé, e outros elementos que conhecemos por música pouco evolutiva no sentido ideológico e crítico.
O próprio termo sertanejo que doutrinou Tião Carreiro e Pardinho, Dino Franco e Mouraí, Tonico e Tinoco, Pena Branca e Xavantinho e que relatavam a dura vida do povo sertanejo, hoje teve seu estilo totalmente readaptado à cultura de massa, ou seja, algo voltado para seres não pensantes ignorantes e de visão limitada, criou-se então o termo “Sertanejo Universitário”, mas desde quando pegando como base as ideologias primordiais da cultura sertaneja, um sertanejo é universitário? E em que ocasião um universitário é sertanejo? Inversão de Valores? Por isso que digo que são músicas de seres não pensantes, para seres não pensantes, não precisamos refletir muito para perceber que se contradizem até no próprio nome.
Será que as incríveis e verdadeiras duplas sertanejas do passado com suas músicas recheadas de boas histórias e cultura estão satisfeitas com esse novo legado musical? Acho que não hen!!??
E infelizmente essa realidade tende sempre a piorar, o que já era terrível na voz de Chitãozinho e Xororó, Zezé de Camargo e Luciano piorou com Rick e Renner, e agora vem torturando nossos ouvidos com coisas como Fernando e Sorocaba, Luan Santana entre outros.. Confesso que só consegui ouvi o primeiro minuto do novo hit da música “Meteoro da Paixão” Sim, é um lixo para os cultuadores da boa música é um grande lixo, lixo não reciclável. Esse rapaz que me perdoe, mas conteúdo musical e ideológico passam longe de suas composições se é que podemos classificar esse dejeto cultural como composição.
Sem deixar de fora o Rebolation, Tion, Tion, bom como toda banda de Axé/ Funk no próximo verão ninguém mais saberá quem foi o energúmeno que criou essa porcaria, partindo de um pressuposto que toda banda de Funk dura apenas o verão de cada ano, depois desaparece da mídia e volta a traficar nas favelas do RJ, mas é verdade, foi assim com o Bonde do Tigrão, foi assim com a Tati Quebra Barraco, com as beldades da Éguinha Pocotó, sem obviamente esquecer do Créééu!!! Cadê o Créééu, desapareceu!!!
Mas e as nossas verdadeiras culturas, vamos incorporar essa realidade como identificação do povo brasileiro?
Pode parecer loucura, mas se sairmos perguntando rua afora quem foi Lupicínio Rodrigues, Pixinguinha, Ary Barroso, Adoniram Barbosa, o povo não tem idéia de quem são ou foram essas pessoas, e qual sua influência dentro do contexto cultural, até nomes mais específicos como Toquinho, Tom Jobim, Djavan, Chico Buarque já estão sendo esquecidos.
Ou seja, nosso povo não tem cultura própria, nós não sabemos nada sobre nós mesmos, sobre nossas origens. Vivemos de personalidades momentâneas cada semana temos um cidadão sendo cultuado como ícone do momento, como personalidade a ser seguida, logo mais aquele ser que era tão aclamado já não existe mais, se afoga outra vez no mar da anônimidade e isso se torna um ciclo, de constante movimentação, e aquela galera que faz Bossa Nova, MPB, Jazz, Blues, enfim música de qualidade fica em segundo plano, conheço e convivo com ótimos músicos de Bossa Nova, Jazz, MPB, músicos talentosíssimos, que valorizam a boa música, como forma de cultura e ideologia crítica, mas o brilho desses músicos são ofuscados pela mídia momentânea.
A culpa é de quem? A culpa é nossa, somos responsáveis pelo nosso próprio descaso cultural não vejo isso como um problema do estado ou coisa assim, é muito fácil colocar a culpa no governo que não oferece subsídios socioculturais, porém antes, devemos nos perguntar... O povo brasileiro está a fim de conhecer sua própria cultura? Muitos não estão!
Concordo que o estado não oferece muitos recursos para isso, mas em contrapartida vale salientar que temos muitos projetos não governamentais que visam através da música uma sociocultural idade mais ampla, logo concluiu que... As oportunidades, no caso as fontes culturais estão aí, basta você ir atrás.
Foi pensando em todo esse descaso que juntamente com um amigo, também músico elaboramos um projeto chamado “Música para Todos” que visa trazer um pouco da cultura musical brasileira a centros sociais e entidades carentes para pessoas acima de dez anos, o projeto está em fase final de elaboração, e será aplicado na cidade de Santa Bárbara D Oeste, moramos e trabalhamos em Americana-SP, resolvemos desenvolver o projeto na cidade vizinha, pois o cara aqui que se diz prefeito da cidade, cujo atende por Diego Denadai, no início de seu mandato teve a audácia de demitir todos os profissionais das áreas de dança, música e arte que eram vinculados a prefeitura então certamente aqui na cidade, não teríamos sucesso com o projeto.
Vale salientar que agora no meio do ano, teremos na cidade de Americana, o evento nacionalmente conhecido como “A Festa do Peão”, diga-se de passagem, um evento ridículo, mas que rende muito monetariamente falando.
Isso sim a prefeitura está disposta a fazer, pois tem público tem destaque tem dinheiro, disso eles gostam, por isso, eles se interessam, então classificam isso como um evento cultural, elaboram uma mega-organização e o evento se concretiza.
Mas e para a população, o que isso rende?
Diversão?? Lazer?? NÃO!!! Isso é o mais puro princípio do PÃO E CIRCO usado na idade média para enganar a sociedade, você vai lá ver aqueles dejetos musicais e esquece que o governo continua te sugando, você vai lá para ver o show dos pouco ideológicos Victor e Léo e esquece que para ter uma educação descente você tem que pagar fortunas, nossa sociedade é burra, é hipócrita e alienada o estado ainda consegue controlar todos vocês com uma tática primordial e todos acham lindo e se divertem por duas ou três horas, o show acaba, volta tudo ao normal, ou às vezes até pior, o povo sai até mais alienado.
Não há incentivo, mas também não há procura, o estado certas horas nos venda e nos aniquila através da cultura barata e descartável, mas também são poucos que querem tirar a venda.
Em 2008, o renomado jazzista Stanley Jordan, veio ao Brasil para um show beneficente, entrada franca, porém havia 17 pessoas presente, não houve divulgação, não houve incentivo, mas também não houve procura pela música boa e descente provocativa no sentido moral e ideológico.
E então seguimos nessa mutualidade instantânea onde não há incentivos, mas também não há procura, então não podemos nos cegar e jogar toda a culpa no sistema, uma sociedade pensante comanda, e nunca aceita ser comandada.

domingo, 31 de outubro de 2010

Dilma? Que Deus nos ajude...

Tenho sérias restrições ao governo do PT e a esta pessoa que acaba de ser eleita. Em 2002 o PT assumiu depois de anos de militância e oposição a um governo que, mesmo tendo seus problemas, recolocou o País nos trilhos, acabou com a inflação, e consolidou os rumos desta Nação de forma definitiva. Através de uma figura emblemática, o Lula, depositamos nossa esperança de que, com uma situação mais favorável, teríamos um olhar mais voltado ao social e começaríamos a crescer de dentro para fora. O que se viu ao término do seu mandato foi um mar de escândalos, corrupção, abuso de poder e uso indiscriminado de uma máquina que deveria servir a ninguém mais que ao povo Brasileiro. Todos os que estavam ao lado do Presidente cairam e, depois de assumir uma posição de ignorância dos fatos, o Lula foi absolvido pelo eleitor e teve seu mandato renovado. Novos escândalos apareceram e vimos recentemente a principal funcionária do nosso Supremo Mandatário ser envolvida em novas questões, talvez mais graves até do que aqueles que derrubaram a Máfia do primeiro mandato. Novamente o Povo ignorou os fatos e as notícias e seguiu cegamente a orientação do Lula. Agora as atenções estão em uma figura produzida pelo marketing político. Não questiono a competência da Dilma, mas entendo que a experiência é tudo o que o cargo exige. Uma carreira política começa com um cargo de Vereador, Deputado Estadual e Federal, Prefeito, Governador, Senador e finalmente a Presidência. Aprende-se a administrar o bem público e prova-se, através dos anos de exercício, a capacidade e a lisura necessária para um Representante do Povo. Dilma não tem isso. Dilma não é essa pessoa. Não cabe aqui uma manifestação baseada em minha orientação política, apenas uma observação e constatação dos fatos. Mas uma vez eleita, ela deixa de ser uma candidata de alguns, e passa a ser a Presidente de todos. Só me cabe desejar boa sorte a todos nós.

Paulo Rori


Fenômeno solar é visto no interior do Paraná

sábado, 9 de outubro de 2010

Rush - Minha opinião...

Não fui ao show do Rush, mas não posso deixar de dizer algumas palavras... Em tempos onde o Rock foi pasteurizado e transformado num produto colorido e sem sabor, como é bom ver um trio de músicos tão talentosos tratando o Rock com seriedade, mostranto conteúdo e virtuosismo! Que os nossos jovens possam ouvir estes acordes e descobrir o que é musica de verdade!!!

Rush fez de São Paulo a cidade mais feliz do mundo

Por: Regis Tadeu

 

“Inacreditável”. Esta é certamente a palavra que melhor define o que foi a apresentação que o Rush fez ontem no estádio do Morumbi. Nenhuma – sim, nenhuma! – das quase 40 mil pessoas que estiveram no local saíram sem um enorme sorriso no rosto.

Não vou escrever a respeito do uso inteligentíssimo do virtuosismo dos caras – passei grande parte do show me perguntando como eles conseguiam criar aquilo que todos nós vimos ser executado na nossa cara! – e muito menos a energia que estes três senhores emanam do palco, algo que deveria servir de lição para esta molecada barbada aqui no Brasil, que toca como se estivesse no velório de um parente próximo. Aliás, não há nada mais ridículo que chamar o Rush de “som nerd”, já que o rótulo cai muito melhor em bandas como Weezer e Pavement…

Também não vou escrever que Neil Peart faz com que qualquer baterista se transforme em um mero batuqueiro de lataria de ônibus, que Geddy Lee é um “monstro” como baixista e que Alex Lifeson é talvez o guitarrista mais subestimado da história do rock – o que o trio faz em “The Spirit of Radio”, “Subdivisions”, “Limelight” e, principalmente, “La Villa Strangiato” deveria ser tese de mestrado em qualquer faculdade de música que se preste.

Prefiro destacar que um dos pontos altos foi a apresentação na íntegra do lendário disco Moving Pictures, inclusive obedecendo a ordem das canções no LP – sim, sou um velhinho daquela época. Sinceramente, nunca imaginei que veria a sensacional “The Camera Eye” ser executada na minha frente por seus próprios criadores. E é claro que todo mundo cantou a melodia principal de “YYZ”, levando Lifeson e Lee novamente a sorrir como crianças.

Prefiro destacar a inclusão de boas canções que raramente entram no repertório da banda, como “Presto”, “Faithless” e “Workin’ Them Angels”, e como brinde para uma noite sensacional, duas músicas inéditas, a boa “Brought Up to Believe” (colocada no set list como ”BU2B”) e a ótima “Caravan” -, que já foram gravadas para o novo disco do grupo, que deve sair no ano que vem. Isto sem contar os hilários vídeos que permeiam a apresentação fazendo alusão ao nome da atual turnê – “Time Machine” –, um capítulo à parte no qual Lee, Lifeson e Peart mostram que são excelentes atores.

Durante três horas, o Rush transformou São Paulo em um lugar melhor para se viver.

Rush reúne 38 mil pessoas no Estádio do Morumbi

É como a trajetória do nerd na cultura pop. Aquele ser estranho e desengonçado, com um estilo que os outros faziam troça e dava margem para sessões de humilhações diárias, de repente é um dia descoberto como interessante, atraente e descolado. O Rush representa o nerd do rock e, independente de qualquer mudança de imagem, vai continuar assim para o resto da carreira, para a felicidade das 38 mil pessoas que foram na noite da sexta (8) para ver a segunda passagem do trio canadense pelo Brasil.


De marginalizado pelos esnobes do pop a tema de homenagem do desenho 'South park' e de um documentário premiado, a banda continua fazendo música do mesmo jeito que fez, como provam as duas músicas novas ("BU2B" e "Caravan") que mostrou na apresentação: virtuosos ao extremo, mudanças de andamento surpreendentes e uma energia que fica difícil de imaginar que já se passaram mais de 40 anos de carreira.

O ponto principal dessa turnê "Time machine", que ainda passa pelo Rio de Janeiro no domingo (10), é a apresentação na íntegra do disco de maior sucesso do grupo, "Moving pictures", que traz o clássico "Tom Sawyer", marcado aqui no país por servir de tema das aventuras do agente secreto Macgyver.


Mas o show de três horas tem um apelo que vai bem além de um Rush que poderia a esta altura estar envelhecido, só interessado em ganhar uns trocos em cima de glórias do passado. Depois da fase negra nos últimos dez anos, em que o baterista Neil Peart perdeu esposa e filha em um espaço de oito meses, os três usam cada vez mais o humor como elemento presente nas apresentações (quem disse que nerd não consegue ser engraçado?).

O show começa com um hilário esquete no telão em que os três brincam com suas origens de família e que serve como introdução para "The spirit of radio" - tocada sob um som mal equalizado, mas que é acertado logo a seguir. O trio ainda passa por músicas que há algum tempo não apareciam nos set lists da banda como "Presto" e "Stick it out", em escolhas que não se pautavam pelas mais conhecidas.

Apesar de ter ainda uma presença mais forte das faixas do mais recente álbum "Snakes and arrows", entram vários dos clássicos do grupo como "Time stand still", "Subdivisions", "2112 Overture / The Temples of Syrinx" e "Closer to the heart". Como ficou registrado no DVD "Rush in Rio", o ponto alto surge quando o público acompanha com a voz a instrumental "YYZ" na melodia principal.

Não houve a histeria da primeira visita ao país em 2002, mas a platéia não deixava de mostrar satisfação a cada música, mesmo nas mais recentes. Como se pode esperar do Rush, o encerramento do show é atípico de qualquer performance de rock. Depois da antiga "Working man", é exibida uma longa cena da comédia "Eu te amo, cara", em que os três fazem uma participação especial, já que o personagem central é fanático pela banda. Mas ser atípico sempre fez parte do Rush.

Shin Oliva Suzuki
Do G1, em São Paulo