Tenho sérias restrições ao governo do PT e a esta pessoa que acaba de ser eleita. Em 2002 o PT assumiu depois de anos de militância e oposição a um governo que, mesmo tendo seus problemas, recolocou o País nos trilhos, acabou com a inflação, e consolidou os rumos desta Nação de forma definitiva. Através de uma figura emblemática, o Lula, depositamos nossa esperança de que, com uma situação mais favorável, teríamos um olhar mais voltado ao social e começaríamos a crescer de dentro para fora. O que se viu ao término do seu mandato foi um mar de escândalos, corrupção, abuso de poder e uso indiscriminado de uma máquina que deveria servir a ninguém mais que ao povo Brasileiro. Todos os que estavam ao lado do Presidente cairam e, depois de assumir uma posição de ignorância dos fatos, o Lula foi absolvido pelo eleitor e teve seu mandato renovado. Novos escândalos apareceram e vimos recentemente a principal funcionária do nosso Supremo Mandatário ser envolvida em novas questões, talvez mais graves até do que aqueles que derrubaram a Máfia do primeiro mandato. Novamente o Povo ignorou os fatos e as notícias e seguiu cegamente a orientação do Lula. Agora as atenções estão em uma figura produzida pelo marketing político. Não questiono a competência da Dilma, mas entendo que a experiência é tudo o que o cargo exige. Uma carreira política começa com um cargo de Vereador, Deputado Estadual e Federal, Prefeito, Governador, Senador e finalmente a Presidência. Aprende-se a administrar o bem público e prova-se, através dos anos de exercício, a capacidade e a lisura necessária para um Representante do Povo. Dilma não tem isso. Dilma não é essa pessoa. Não cabe aqui uma manifestação baseada em minha orientação política, apenas uma observação e constatação dos fatos. Mas uma vez eleita, ela deixa de ser uma candidata de alguns, e passa a ser a Presidente de todos. Só me cabe desejar boa sorte a todos nós.
Paulo Rori