Não fui ao show do Rush, mas não posso deixar de dizer algumas palavras... Em tempos onde o Rock foi pasteurizado e transformado num produto colorido e sem sabor, como é bom ver um trio de músicos tão talentosos tratando o Rock com seriedade, mostranto conteúdo e virtuosismo! Que os nossos jovens possam ouvir estes acordes e descobrir o que é musica de verdade!!!

Tudo bem, meus Caros? Bom, estou num novo momento, voltando a tocar, com planos para produzir e tal. Agora, além de montar minhas guitarras, passei a levar a sério o meu antigo lance com os pedais e também monto amplificadores. À partir deste momento, este espaço será destinado aos meus trabalhos, sejam momentos tocando, estudos e também as montagens. Sejam bem vindos ao meu espaço, espero que gostem (a reprogramação visual ocorrerá aos poucos). See you later... :)
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sábado, 9 de outubro de 2010
Rush fez de São Paulo a cidade mais feliz do mundo
Por: Regis Tadeu
“Inacreditável”. Esta é certamente a palavra que melhor define o que foi a apresentação que o Rush fez ontem no estádio do Morumbi. Nenhuma – sim, nenhuma! – das quase 40 mil pessoas que estiveram no local saíram sem um enorme sorriso no rosto.
Não vou escrever a respeito do uso inteligentíssimo do virtuosismo dos caras – passei grande parte do show me perguntando como eles conseguiam criar aquilo que todos nós vimos ser executado na nossa cara! – e muito menos a energia que estes três senhores emanam do palco, algo que deveria servir de lição para esta molecada barbada aqui no Brasil, que toca como se estivesse no velório de um parente próximo. Aliás, não há nada mais ridículo que chamar o Rush de “som nerd”, já que o rótulo cai muito melhor em bandas como Weezer e Pavement…
Também não vou escrever que Neil Peart faz com que qualquer baterista se transforme em um mero batuqueiro de lataria de ônibus, que Geddy Lee é um “monstro” como baixista e que Alex Lifeson é talvez o guitarrista mais subestimado da história do rock – o que o trio faz em “The Spirit of Radio”, “Subdivisions”, “Limelight” e, principalmente, “La Villa Strangiato” deveria ser tese de mestrado em qualquer faculdade de música que se preste.
Prefiro destacar que um dos pontos altos foi a apresentação na íntegra do lendário disco Moving Pictures, inclusive obedecendo a ordem das canções no LP – sim, sou um velhinho daquela época. Sinceramente, nunca imaginei que veria a sensacional “The Camera Eye” ser executada na minha frente por seus próprios criadores. E é claro que todo mundo cantou a melodia principal de “YYZ”, levando Lifeson e Lee novamente a sorrir como crianças.
Prefiro destacar a inclusão de boas canções que raramente entram no repertório da banda, como “Presto”, “Faithless” e “Workin’ Them Angels”, e como brinde para uma noite sensacional, duas músicas inéditas, a boa “Brought Up to Believe” (colocada no set list como ”BU2B”) e a ótima “Caravan” -, que já foram gravadas para o novo disco do grupo, que deve sair no ano que vem. Isto sem contar os hilários vídeos que permeiam a apresentação fazendo alusão ao nome da atual turnê – “Time Machine” –, um capítulo à parte no qual Lee, Lifeson e Peart mostram que são excelentes atores.
Durante três horas, o Rush transformou São Paulo em um lugar melhor para se viver.
Prefiro destacar a inclusão de boas canções que raramente entram no repertório da banda, como “Presto”, “Faithless” e “Workin’ Them Angels”, e como brinde para uma noite sensacional, duas músicas inéditas, a boa “Brought Up to Believe” (colocada no set list como ”BU2B”) e a ótima “Caravan” -, que já foram gravadas para o novo disco do grupo, que deve sair no ano que vem. Isto sem contar os hilários vídeos que permeiam a apresentação fazendo alusão ao nome da atual turnê – “Time Machine” –, um capítulo à parte no qual Lee, Lifeson e Peart mostram que são excelentes atores.
Durante três horas, o Rush transformou São Paulo em um lugar melhor para se viver.
Rush reúne 38 mil pessoas no Estádio do Morumbi
É como a trajetória do nerd na cultura pop. Aquele ser estranho e desengonçado, com um estilo que os outros faziam troça e dava margem para sessões de humilhações diárias, de repente é um dia descoberto como interessante, atraente e descolado. O Rush representa o nerd do rock e, independente de qualquer mudança de imagem, vai continuar assim para o resto da carreira, para a felicidade das 38 mil pessoas que foram na noite da sexta (8) para ver a segunda passagem do trio canadense pelo Brasil.
De marginalizado pelos esnobes do pop a tema de homenagem do desenho 'South park' e de um documentário premiado, a banda continua fazendo música do mesmo jeito que fez, como provam as duas músicas novas ("BU2B" e "Caravan") que mostrou na apresentação: virtuosos ao extremo, mudanças de andamento surpreendentes e uma energia que fica difícil de imaginar que já se passaram mais de 40 anos de carreira.
O ponto principal dessa turnê "Time machine", que ainda passa pelo Rio de Janeiro no domingo (10), é a apresentação na íntegra do disco de maior sucesso do grupo, "Moving pictures", que traz o clássico "Tom Sawyer", marcado aqui no país por servir de tema das aventuras do agente secreto Macgyver.
Mas o show de três horas tem um apelo que vai bem além de um Rush que poderia a esta altura estar envelhecido, só interessado em ganhar uns trocos em cima de glórias do passado. Depois da fase negra nos últimos dez anos, em que o baterista Neil Peart perdeu esposa e filha em um espaço de oito meses, os três usam cada vez mais o humor como elemento presente nas apresentações (quem disse que nerd não consegue ser engraçado?).
O show começa com um hilário esquete no telão em que os três brincam com suas origens de família e que serve como introdução para "The spirit of radio" - tocada sob um som mal equalizado, mas que é acertado logo a seguir. O trio ainda passa por músicas que há algum tempo não apareciam nos set lists da banda como "Presto" e "Stick it out", em escolhas que não se pautavam pelas mais conhecidas.
Apesar de ter ainda uma presença mais forte das faixas do mais recente álbum "Snakes and arrows", entram vários dos clássicos do grupo como "Time stand still", "Subdivisions", "2112 Overture / The Temples of Syrinx" e "Closer to the heart". Como ficou registrado no DVD "Rush in Rio", o ponto alto surge quando o público acompanha com a voz a instrumental "YYZ" na melodia principal.
Não houve a histeria da primeira visita ao país em 2002, mas a platéia não deixava de mostrar satisfação a cada música, mesmo nas mais recentes. Como se pode esperar do Rush, o encerramento do show é atípico de qualquer performance de rock. Depois da antiga "Working man", é exibida uma longa cena da comédia "Eu te amo, cara", em que os três fazem uma participação especial, já que o personagem central é fanático pela banda. Mas ser atípico sempre fez parte do Rush.
Shin Oliva Suzuki
Do G1, em São Paulo
Do G1, em São Paulo
terça-feira, 21 de setembro de 2010
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