segunda-feira, 6 de julho de 2009

Rock Nacional - Anos 80




Foi nos anos 80, durante a minha infância e início de adolescência, que comecei a moldar a personalidade e gosto. Assisti a vitórias consagradoras do Piquet e o início do Senna, vi o Brasil cair diante da Itália no Sarriá, a geração de prata do volei, o final da Ditadura e claro, a explosão do rock nacional. Vindo na esteira do sucesso que o Punk, Glam Rock, New Wave e outros tantos estilos de Rock faziam no mundo inteiro, o grande impulso para o gênero veio das inúmeras casas de shows da época: Noites Cariocas, Circo Voador, Aeroanta, Madame Satã, Woodstock, etc... Tudo começou com a irreverência da Blitz, João Penca e Eduardo Dusek mas ganhou força com o Rock de Protesto, puxado principalmente pelas bandas de Brasília e São Paulo.

O eixo principal era formado por 4 bandas e as que vinham no seu vácuo (seja pelo intercâmbio de integrantes ou simplesmente pela cumplicidade musical): Titas, Legiao Urbana (Plebe Rude, Capital Inicial), Paralamas do Sucesso (Kid Abelha, Heróis da Resistência, Dulce Quental) e Ira! (Inocentes, Ultraje a Rigor).

E teve outras também de grandes sucessos na época, como as bandas Sempre Livre, Gang 90 e as Absurdettes, Biquini Cavadão, Hanói Hanói, Hojerizah, Harmony Cats, Lobão e os Ronaldos, Metrô, Magazine, Grafitti,Ed Motta & Conexção Japeri, além de cantores(as) como Marina Lima, Léo Jaime, Ritchie, Kid Vinil, Fausto Fawcett, entre outros. Vários locais do Brasil tinham suas bandas surgindo no Rio de Janeiro, surgiram os alegres Kid Abelha e Léo Jaime; Uns e Outros e o fim da banda Vímana revelou Lulu Santos, Lobão (também ex-Blitz) e Ritchie; em São Paulo, o Festival Punk de 81 revelou Inocentes, Cólera e Ratos de Porão. Além dessa cena, surgiram as principais bandas paulistas, como Ultraje a Rigor (no qual Edgard Scandurra tocou antes do Ira!), Ira!, Titãs, RPM, Zero, Metrô (banda),e Kid Vinil (então vocalista da banda Magazine). Sem se esquecer da cena independente muito bem representados pelo Fellini, Smack, Voluntários da Pátria, Akira S E Garotas Que Erram, e Mercenárias; em Brasília, o Aborto Elétrico (em que Renato Russo tocara) virou o Capital Inicial (que acabou se fixando em São Paulo), e a Plebe Rude teve o sucesso "Até Quando Esperar"; e no Rio Grande do Sul, os "cabeças" Engenheiros do Hawaii e Nenhum de Nós chegaram ao sucesso nacional. Também estouraram bandas gauchas de rock como TNT, Taranatiriça, Cascavelletes, Os Replicantes, Os Eles, Bandaliera,Garotos da Rua e De Falla. Além deles, houve os baianos Camisa de Vênus, e os headbangers mineiros Sepultura, que com o seu Thrash Metal único, foram uma das poucas bandas brasileiras a fazer sucesso no exterior. (Wikipedia)

Sou completamente influenciado pelas bandas desse período e não acredito, sinceramente, que voltaremos a ter um momento tão criativo e influente como este.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Programe-se - Multishow

Segue a programação da Multishow para o Dia Mundial do Rock. Não é lá grande coisa mas é o que tem no cardápio. Então sirva-se ou morra de fome!!!

Obs: 13 de Julho, né Cabeça!!!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Robert Johnson - O Blues na encruzilhada


Robert Leroy Johnson (8 de Maio, 1911 – 16 de Agosto, 1938) foi um cantor, guitarrista Norte-americano de Blues. Johnson é um dos músicos mais influentes do Mississippi Delta Blues e é uma importante referência para a padronização do consagrado formato de 12 compassos para o Blues. Influenciou grandes artistas durante anos como Muddy Waters, Led Zeppelin, Bob Dylan, The Rolling Stones, Johnny Winter, Jeff Beck, e Eric Clapton, que considerava Johnson "o mais importante cantor de blues que já viveu". Por suas inovações, músicas e habilidade com a guitarra ficou em quinto lugar no ranking dos 100 melhores guitarristas de todos os tempos da revista Rolling Stone. (Wikipedia)

Ok... Tudo o que está escrito acima é correto, mas não traduz exatamente o que Robert Johnson representa. Podemos dizer que praticamente tudo o que você ouve hoje em dia foi influenciado por ele. Ele divide a história da música negra e pode-se dizer que com ele, nasceu o blues que conhecemos.

Seu nome figura ao lado de Hendrix, Morrison, Joplin, Brian Jones e Kurt Cobain no famigerado "Clube dos 27", dos ídolos que morreram com essa idade, mas, o mais interessante é o suposto pacto que fez com que ele ficasse com os olhos avermelhados obrigando-o a tocar de costas para o público. Conta a lenda que Johnson teria vendido a alma ao demônio para obter o seu talento e a sua habilidade com o violão. No supersticioso sul dos EUA do início do século, eram comuns os mitos demoníacos, e o tema fazia parte da tradição do blues. O próprio Johnson gravou Me and the Devil Blues, Hellhound on my Trail, Crossroad Blues, todas com alusões ao diabo, o que somente colaborou para reforçar a lenda. O filme A Encruzilhada (Crossroads, EUA, 1986, de Walter Hill), com música de Ry Cooder e a participação de Steve Vai, usa esta idéia para criar uma história vagamente inspirada em Robert Johnson.

Logo depois, morreria envenenado por uma dose de whiskey com estricnina, oferecida a ele por um marido ciumento. Existem outras versões sobre sua morte, dizendo que poderia ter sido envenenado inadvertidamente por whiskey caseiro de má qualidade ou mesmo assassinado a tiros pelo pai de uma namorada. A biografia de Johnson sempre foi cercada por névoa, e talvez nunca saibamos o que realmente aconteceu.
Gravou apenas 29 cancões que mudaram a história da música.

A verdade, não importa. Inspirado por demônios ou por anjos, por mulheres ou por whiskey, Robert Johnson conseguiu moldar a alma do blues e influenciar tudo o que veio depois.

Referência: Wikipedia, burburinho.com, estranhomundodemary.blogspot.com

Cultura - Rock

Vale a pena conferir... Site com informações e curiosidades sobre diversos estilos de rock. Essencial!!!

Nuno Bettencourt - Não consigo entender...

Me pergunto como a carreira de um músico talentoso pode ser tão mal gerenciada... Nuno Bettencourt é um dos meus músicos favoritos - PONTO.  Português vivendo nos EUA, ficou famoso ao intergrar entre 89 e 96 a banda Extreme (de gosto no mínimo duvidoso). A verdade é que os músicos da banda eram muito competentes. Um exemplo é que o vocalista Gary Cherone chegou a integrar o Van Halen (no disco mais chato da história). O problema era a obcessão pelo Hard-rock comercial. Até um disco bom, como é o caso de "Pornografitti", ficou marcado pela balada melosa "More than words". Neste disco, Nuno toca muito!!! Chegou a ficar, em listas elaboradas pelas  revistas Guitar Player e Guitar World, à frente de ícones como Steve Vai e Joe Satriani como melhor performance de guitarra rock daquele ano. Depois do declínio comercial a banda acabou em 1996 e Nuno partiu para a carreira solo, lançando no ano seguinte "Schizophonic" - MARAVILHOSO!!! (um dos meus discos de cabeceira). Escrito ainda no tempo do Extreme, estas canções ficaram guardadas por anos uma vez que não se encaixavam no estilo da antiga banda. Nuno tocou todos os instrumentos, cantou e produziu. O choque fica por conta do clima sombrio do álbum. Melancólico, pessoal, denso, sem os virtuosismos corriqueiros (!!!), este disco é uma obra prima, parecia que finalmente o rumo da carreira dele estava definido. Para resumir a história, tenho tudo o que ele lançou depois, até gosto de algumas canções, mas praticamente não ouço pois sinceramente não vale a pena.  Pena? Sim, é realmente uma pena!!! 

Recomendo!!! - Seymour Duncan 59 model


Eu uso na ponte das minhas guitarras. Captador Seymour Duncan 59 model - Estilo PAF, tem sonoridade vintage e excelente sustentação. Timbre clean bastante cristalino e encorpado. É comum a sua adaptação em modelos Les Paul devido ao seu som quente e distorções cheias e brilhantes. Utilizado por músicos como Slash, Nuno Bettencourt e Robben Ford. Um Classico!!!

Parâmetros:         Graves- 6
                           Médios- 3           ( muito equilibrado)
                           Agudos- 8

quarta-feira, 1 de julho de 2009

"De mãos atadas" - MAN AT WORK I

Hoje tive tempo para trabalhar nas minhas músicas. A primeira que vou disponibilizar na rede chama-se "De mãos atadas". É um rock com uma dinâmica bem própria. A guitarra tem um ataque interessante na introdução e no solo e a base tem uns arpegios distorcidos que soam muito bem. Acompanham bateria, baixo e um Hammond além de um loop rítmico disparado logo no início. Essa música deve agradar aos mais roqueiros mas não acho que ela tenha um potencial para Hit. Então porque começar por ela? É o meu cartão de visitas!!! Um rock rasgado, com uma das minhas melhores letras, guitarras em primeiro plano, baixo e baterias bem arranjados e gravados, um Hammond no fundo esquentando com clima 70's... Vamos deixar o lado Pop pra depois e começar com os bpm's em alta!!! Consigo me mostrar de forma clara com esta música que será a faixa dois do meu CD. Hoje escolhi os timbres do teclado (usei um B4 Classic) e até o final da semana concluirei a mixagem e a masterização. Eis um novo dilema: tenho o pacote Waves mas sinceramente não sei trabalhar com aqueles milhões de plugins... Ficarei com o Ozone da Izotope que me parece muito funcional ou com meu velho conhecido T-Racks Deluxe (já fiz ótimos trabalhos para terceiros com ele). De qualquer forma é a fase final de produção da primeira música e estou ansioso pelo resultado. A próxima será "Palavras ao Vento", esta sim já bem conhecida entre os meus amigos. That's all Folks!!!