Há anos eu não fazia este procedimento mas desta vez lembrei de registrar.
Não vou entrar no mérito sobre quem é melhor, imã cerâmico ou alnico. Entendo que cada um tem as suas características e aplicações. Enquanto o cerâmico tende a ser mais ardido, áspero, o alnico normalmente sôa mais redondo e equilibrado. Como o meu som se baseia em drives low-gain, a minha opção pelo alnico se justifica.
Eu tinha uma strato com dois humbuckers zebra cerâmicos bons, com resistências de 8,6k no braço e 17k na ponte mas eu queria mais médios. Lembrei que tinha duas barras de alnico 5 aqui e resolvi fazer a troca.
- Desmontar é fácil, até porque não vai mexer na estrutura do captador. Basta soltar a fita, retirar os parafusos e com muito cuidado levantar a base.
- A Parafina une todos os componentes, então é necessário retirar um pouco.
- A retirada do magneto deve ser cuidadosa. O segredo é a paciência.
- Normalmente os imãs tem o mesmo tamanho, padrão Gibson, mas pode ocorrer do alnico ser mais magrinho.
- Observe a orientação do imã (norte/sul). Coloque-o na mesma direção do anterior.
- Cuidado com a estrutura do captador. Mantenha as bobinas paralelas, na mesma altura, etc...
- Não é necessário parafinar o captador inteiro, principalmente se você foi cuidadoso ao desmontar.
- Há várias formas de parafinar, mas não vou abordar este tema aqui. O importante fixar novamente o magneto. Eu acabo colocando um pouco mais, preenchendo espaços onde a parafina original não havia chegado.
- Agora é só fechar, parafusar e reajustar as fitas e proteção.
Para mim, o segredo está na escolha do captador que receberá a customização. Captador ruim continuará sendo ruim. Um captador interessante, bem construído, tornará a alteração mais perceptível. O som vai ficar mais redondo. See you later!!!