quinta-feira, 25 de junho de 2009

A crise das Rádios Rock no Brasil


O que aconteceu com as rádios de Rock no Brasil? No início dos anos 90, embaladas pelo movimento grunge, emissoras de todos os segmentos aderiram ao Rock como se este fosse apenas uma moda. Contrataram profissionais que se limitavam a seguir as direções impostas pelas gravadoras e não gente do ramo, que conhecia as tendências e o assunto profundamente. Neste período havia uma profusão de bandas emergentes no Brasil: Raimundos, Skank, O Rappa, Charlie Brown Jr, Pato Fú, além das bandas mais pesadas como Dr.Sin, Angra e o estouro internacional do Sepultura. Somadas a elas ainda estavam as bandas sobreviventes dos anos 80 (na minha opinião o melhor período deste estilo no nosso país). Mas assim como qualquer outra moda, passou. Pouco à pouco as rádios foram se voltando para os novos estilos (recheados de jabá das gravadoras) até que algumas se trasformaram completamente. Vide o exemplo da excelente 89FM de São Paulo: hoje somos obrigados a ver gente de primeira linha como o Zé Luis e a Luka fazendo comerciais das Casas Bahia enquanto a rádio se derrete tocando baladas black e outras trilhas insípdas. Nada contra o gênero mas ela passou a fazer o que todos os outros fazem e ficou igualmente insuportável. Na última década os rockeiros de plantão impulsionaram a difusão do mp3 e das trocas de arquivos na rede (não acredita? Vide a briga das bandas contra o Napster). O fato é que os grandes shows continuam acontecendo, o Brasil ainda está na rota de quase todas as turnês das principais bandas, novas bandas surgem aos montes nas garagens, garotos empunham suas guitarras e apesar da mídia viver de olhos vendados o Rock continua em alta assim como nos anos 90, 80, 70, 60, final dos 50... Ué, não era uma moda???