O Waves NLS é um plug-in que junta numa única instância três emulações de três das mais desejadas mesas analógicas vintage existentes, uma SSL 4000G, propriedade de Mark “Spike”’ Stent, que tem no seu cardápio nomes como Radiohead, Björk, Muse, Maroon 5 ou Madonna; uma EMI TG12345 MK 4, propriedade de Mike Hedges, com trabalhos feitos para os The Cure, Siouxsie & the Banshees, Dido, Faithless, Manic Street Preachers, U2, além de ser a mesa que foi utilizada num dos mais célebres álbuns da história, “The Dark Side of the Moon” dos Pink Floyd; e uma Neve 5116 feita por encomenda para Yoad Nevo que tem no seu portfólio nomes como Bryan Adams, Pet Shop Boys, Sugababes, Goldfrapp, Air, entre muitos outros. Cada uma destas três emulações divide-se em duas “partes”, uma que é um canal de mesa, que conta com um fader, dois potenciômetros, um de “drive” que serve para controlar o nível de harmônicos que se pode dar, diminuindo o headroom existente, mas ganhando-se uma coloração que pode não estar presente no arquivo que esteja a ser processado, sendo o segundo potenciômetro o que permite direcionar o envio desse mesmo sinal para um barramento também existente dessas três mesmas mesas. Já explicamos isto a seguir. Ao abrir o plug-in podemos escolher qual das três emulações queremos usar, sendo que depois, dentro de cada uma temos umas largas dezenas de presets que correspondem não a “efeitos” já previamente preparados, mas sim a vários canais de cada uma das mesas. Isto porque cada mesa foi emulada não só no seu carácter geral de master/canal, mas também foi emulada ao nível de cada canal individual e a forma como cada um se comporta. Como sabemos, nas mesas analógicas, cada canal, por mais certinho que seja, comporta-se diferente de cada um dos demais, o que dá um carácter individual a cada via. Por essa mesa razão a Waves decidiu não emular então só um canal, mas sim vários (dependendo do tipo de mesa escolhida, podemos ter até perto de 40 ou mais canais diferentes, que vão desde a emulação do canal 1 até ao ultimo disponível, cada um com o seu carácter próprio). Desta forma podemos numa DAW colocar em cada pista um plug-in de canal diferente, que pode ser o equivalente a ter os canais de 1 a 24 (ou mais) da mesa SSL, Neve ou EMI, o que resulta em algo como tendo virtualmente a mesa em si espalhada nos vários canais/pistas virtuais da DAW. Mas mais ainda. Mantendo-nos neste plug-in inicial, temos ainda três seletores que nos deixam escolher entre ter ou não o ruído “nativo” da mesa escolhida, o que pode parecer esquisito, mas muitas vezes era o ruído de fundo de determinada mesa que determinava também a sua sonoridade. E a soma de vários ruídos, desde que se saiba o que se está a fazer, vem geralmente resultar naquilo que se chama “som mais quente”. O segundo seletor permite dar ao canal o equivalente a colocar um boost de +20 dB, ou seja, algo como abrir a via com a seleção de microfone e não linha. E isto imediatamente cria “um calor” que vocês não imaginam... e finalmente um terceiro potenciômetro que desliga a maioria das funções, deixando somente a possibilidade de se trabalhar com o fader de volume e o ganho de “drive”. Mas dissemos que o plug-in se dividia em duas seções, sendo que a primeira é esta de canal, que pode ser usada em cada canal individual, mono ou estéreo da nossa DAW, assim como ser utilizado no master ou num bus/barramento. Mas também falamos que existia um potenciômetro que permitia enviar o sinal para um bus, bus esse que também era emulação da mesa analógica. E novamente a Waves mostra porque são realmente especialistas no que fazem... Eles não emularam somente os canais da mesa, mas também o grupo de barramento dessas mesas, ou seja, temos ainda um bus de oito grupos VCA, que, tal como numa mesa analógica, permite receber o sinal de qualquer canal e somá-lo, ganhando-se então o tal corpo que existe nas mesas analógicas quando se faz uma mixagem de soma (ou Summing Mix). Tal como nos canais individuais, também cada canal de bus conta com um potenciômetro de drive (que atua como um drive geral para a soma de todos os sinais lá colocados), um outro potenciômetro de Trim, que serve para “limitar” o nível de saída (embora não seja um limitador dinâmico, é preciso perceber isto...) e um último potenciômetro que permite escolher quantos barramentos estão em atuação, sendo que por defeito vem em “none”, assumindo todos os oito barramentos, mas podemos escolher trabalhar só com alguns e não com todos. Passando para os barramentos em si, cada um dos oito pode então receber sinal do canal que para lá for dirigido, contando ainda com um potenciômetro de drive para dar um ganho especifico a esse barramento/bus, e um pequeno fader para nivelar o volume geral do sinal recebido. Por cima de cada um dos oito barramentos temos ainda dois mini-seletores, um para ligar/desligar o tal efeito de “noise” e outro para colocar esse grupo em bypass, o que não quer dizer que o desliga. Ele vai continuar a receber sinal dos canais que estejam para lá direcionados, mas não dá nenhum drive ou nível de fader aos sinais recebidos. Portanto, resumindo, a Waves coloca à nossa disposição a possibilidade de mixar com uma SSL, uma EMI ou uma Neve... ou então misturar isto tudo e criar uma mesa única no mundo, visto que qualquer canal pode ser mixado com qualquer bus... Imaginem ter um conjunto de canais/pistas da DAW, por exemplo bateria, baixo a serem processadas por uma Neve (escolhendo o plug-in Nevo), vozes e guitarras com uma EMI (escolhendo o plug-in Mike), e escolher um bus de uma SSL (com o plug-in Spike) para a soma. Claro que muitos poderão dizer que já utilizam um processador de canal ou uma mesa analógica à entrada, mas quantos podem dizer que mixaram depois com uma Neve, SSL ou EMI? E que podem misturar e remisturar estas mesas a gosto? Nós não... mas gostaríamos. Fica prometido um teste logo que possível a este Waves NLS, assim como ao sistema V9 da Waves, agora que finalmente passamos a ter este incrível bundle de processamento disponível a 64bit. E lembramos que a Waves agora disponibiliza a possibilidade de se testarem gratuitamente os seus plug-ins durante sete (7) dias, e que a V9 já não trabalha com proteção dongle, existindo agora um novo sistema de ativação, através de códigos, que a Waves explica no seu site.