sábado, 1 de agosto de 2009

Home-Estúdio


Comecei a me interessar por Computer Music em 1996, quando o mais atualizado dos seres ainda trabalhava com o Cakewalk Home-Studio e as primeiras versões do SoundForge. Eu era um dos privilegiados que sequenciava trilhas num Pentium 100mhz com 32mb de RAM (e olha que ninguém na minha turma tinha um destes!). A Revolução foi o Cakewalk Pro-Audio. Imagine sequenciar midi e trabalhar trilhas de audio no mesmo software!!! Bem, o tempo passou e as coisas mudaram muito. Tenho um modesto Home-estúdio hoje e graças a tecnologia atual posso fazer praticamente tudo aquilo que, há poucos anos, só era possível em grandes e caríssimos estúdios. Vou utilizar esta seção para dicas e comentários sobre Produção Musical.

SET

Não tenho equipamentos caros e sim funcionais. Antes de mais nada é necessário ter em mente exatamente o quê vai se fazer e como vai trabalhar neste estúdio. No meu caso eu arranjo, gravo e finalizo trilhas de rock (RORI - o meu projeto solo) e faço trabalhos para terceiros (jingles, trilhas e Produção de Demos).

O computador é a base de tudo. Todo o trabalho é realizado nele então é necessario uma grande capacidade de processamento (um Duo-Core, no mínimo) e o máximo possível de RAM. Fundamental uma boa placa de audio. Durante anos trabalhei com a série Live da Creative (muito boa, por sinal) mas ficou obsoleta. Hoje utilizo uma placa da M-Audio (compatível com o Pró-tools) e uma interface MIDI (também da M-Audio) apartada. Meu Monitor de Referência é formado por um pequeno amplificador de mesa e duas caixas balanceadas Gradiente (não tem jeito, o ideal é ter um sistema profissional). As entradas provém de um mixer da Interlude de 4 canais ligada num processador X-Vamp. A qualidade dos cabos faz toda a diferença num SET assim como um fone profissional.

O meu sistema midi é formado por um sintetizador Yamaha que eu utilizo como teclado controlador através de uma interface da M-Audio. Uso um vasto banco de Samples e intrumentos virtuais.

Como toco Rock, trabalho basicamente com instrumentos analógicos. Guitarra, baixo, bateria, orgãos e pianos são a base de quase tudo o que faço. Minhas guitarras são equipadas com Humbuckers. Gosto de timbres incorpados e bem definidos (tenho uma influência totalmente setentista neste sentido). Recentemente reformei todas elas (vide post) acentuando ainda mais esta característica. Gravo de 3 formas diferentes: Microfonando: uso um microfone Sennheiser com um amplificador Meteoro, geralmente em arpegios Clean. Line-out: normalmente quando estou compondo uso o drive do próprio amplificador em linha (é mais rápido e tem resultados aceitáveis). Direct Box: ligo a guitarra no X-Vamp e gravo direto. Posso usar um preset do processador ou um amplificador virtual mais tarde na edição (é o que eu normalmente faço quando a gravação é pra valer!). Gosto de tocar o baixo e gravar direto em linha, processo tudo com o AmpegSVX e fica perfeito. Faço o mesmo com o violão. As vezes utilizo um compressor, um gate ou wha-wha. Minha bateria é sempre sequenciada e timbrada posteriormente. Já testei de tudo (módulos, samples e plugins) e tenho hoje um leque de opções muito boas para diversas aplicações. O meu teclado apenas sequencia as trilhas porque utilizo o meu banco de timbres e sintetizadores virtuais. Sobre estes, plugins, softwares e samples falarei em outro momento.

Como disse anteriormente tenho um SET simples mas montado de forma muito funcional através dos anos. É claro que a gravação de intrumentos analógicos reais sempre será a melhor opção mas demanda um alto custo, tempo e infra-estrutura. A tecnologia proporciona o acesso a recursos fundamentais aos músicos que podem se dedicar a criação e a experiências com total liberdade. See you latter!!!